O sonho pela eternidade - Primeiros parágrafos

 

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A corte de costumes estranhos

 

No ano de 1506, logo após o casamento de Isabela com o senhorzinho Pedro Costa, Lisboa estava passando por uma fase difícil. Muitas pessoas morreram por conta da peste que se alastrou, e todos também estavam sofrendo por causa da seca. O pior era que os boatos apontavam os judeus como culpados.

Os católicos afirmavam ter visto o rosto de Cristo na Capela de Jesus no Mosteiro de São Domingos, e um judeu que estava presente explicou que o milagre era apenas o reflexo de um crucifixo na parede. Porém, milagres podem existir. Mas, após esse evento, o fanatismo religioso tomou conta da cabeça dos homens, que tiveram a péssima ideia de obrigar os judeus a se converterem ao catolicismo, e os que se negavam eram queimados sem piedade. Foi um grande massacre!

Vossa Majestade era mais tolerante com os judeus, mas devido à aliança com a Espanha, algumas brutalidades ocorriam sem que houvesse muita explicação. Ao que parece, alguém pertencente à Coroa apadrinhou o massacre que iniciou no Mosteiro de São Domingos. Porém, o rei Manuel I não estava em Lisboa, havia ido visitar sua mãe e, quando soube do massacre na semana da Páscoa, enviou as tropas reais para acabar com o absurdo. O Mosteiro foi fechado com a ordem de Vossa Majestade e os envolvidos foram penalizados e até condenados à morte.

Fernão tinha se convertido, anos atrás, quando chegou a Portugal, sendo um dos acordos para comprovar sua lealdade à Coroa Portuguesa. A aliança foi fortalecida por ele ser descendente de espanhol, assim como a atual rainha Maria.

Com o derramamento de sangue e cinzas, no mês seguinte à Semana Santa, estávamos de luto pelas famílias conhecidas que haviam sido massacradas por uma ilusão criada pelo fanatismo religioso de alguns fiéis desmiolados que faziam parte de várias paróquias, inclusive da paróquia do padrinho.

 Depois desse período, numa manhã do último mês de verão, aproveitei para caminhar um pouco e colher algumas flores que restavam no jardim da propriedade Noronha. Joana estava no meu calcanhar se distraindo com as borboletas que pousavam nos lírios e lavandas. Ela tentava tocar as asas de algumas borboletas amarelas e azuis que pousavam nas flores mais baixas dos galhos das plantas e, quando as borboletas batiam as asas e voavam, ela dava gritinhos de alegria acompanhados de doces risadas.

Primeiros parágrafos de O sonho pela eternidade!

Já deu para imaginar como a história está envolvente!

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